quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

OS RIBEIRINHOS



Belém do Pará é cercado por água. São rios, lagos, furos e igarapés. Toda esta água tem uma vida própria. É gente, subindo e descendo os rios, em barcos grandes ou pequenas canoas. São barcos de pesca saindo ou chegando das lides. São crianças banhando-se, mulheres lavando roupa, pescadores lançando a rede ou puxando o puçá. A maioria desta gente vive em pequenas casas, normalmente de madeira, junto da água. São os ribeirinhos. É um povo cheio de sabedoria e com um ritmo de vida todo particular.

Fonte: http://www.veludo.fot.br/Olhares/Thumbs.php?lugar=ribeirinhos

EDUCAÇÃO NA FLORESTA



Os Núcleos de Conservação e Sustentabilidade (NCS) são centros de educação diferenciados voltados para a realidade socioambiental da Amazônia profunda

Tem como missão “educar e gerar conhecimento para a melhoria da qualidade de vida dos povos e comunidades tradicionais, promovendo a conservação ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais”.

A metodologia de ensino adota uma proposta pedagógica inovadora com o objetivo de implantar um modelo de educação adaptado à realidade local, pautado na valorização das potencialidades naturais e sócio-culturais da região.

Fonte: http://fas-amazonas.org/programa-bolsa-floresta/educacao-na-floresta/

Formação Docente no Pará Hoje

Dados do Educacenso 2007 revelaram que apenas 10% das funções docentes exercidas na Educação Básica no Pará são desempenhadas por professores com formação inicial adequada. Os demais carecem de formação inicial por não serem graduados ou por serem graduados em área diferente de sua atuação.

Fonte: http://www6.seduc.pa.gov.br/planodeformacao/

EaD - EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO ESTADO DO PARÁ


Já se sabe da existência no Estado do Pará de 240 comunidades quilombolas.

Acredita-se que muitas outras ainda serão identificadas.

À primeira vista pode causar estranheza a existência de número tão significativo de comunidades descendentes de quilombos no Pará em função da idéia bastante difundida de que na Amazônia a escravidão não teve tanta importância.

Embora o emprego da mão-de-obra negra na Amazônia não tenha alcançado as mesmas cifras que em outras regiões do país, teve uma grande importância para a economia local. Nas várias regiões do atual Estado do Pará, os escravos negros foram utilizados como mão-de-obra nas atividades agrícolas e extrativistas, nos trabalhos domésticos e nas construções urbanas.

A história da escravidão no Pará foi marcada pela resistência de negros e índios que buscaram a sua liberdade por meio da fuga, da construção dos quilombos e da participação na Cabanagem. Parte dessa história é contada neste site.

No século XXI, os descendentes dos quilombos prosseguem na trajetória de luta constante por seus direitos. O alvo principal agora é a titulação das suas terras duramente conquistadas.

Os homens e as mulheres quilombolas no Pará podem se orgulhar de suas várias conquistas. Foi no Pará, no município de Oriximiná, que pela primeira vez uma comunidade quilombola recebeu o título coletivo de suas terras, no ano de 1995. E é nesse Estado que se concentra o maior número de terras quilombolas tituladas.
As comunidades quilombolas estão distribuídas pelas mais diversas regiões do Pará. Algumas estão próximas da capital, Belém.


Outras se localizam em regiões de difícil acesso como as do Baixo Amazonas. Em pelo menos 40 dos 143 municípios paraenses existem comunidades remanescentes de quilombos.

Dividimos a descrição das comunidades por regiões do Estado seguindo os critérios do IBGE, que divide o Pará em seis mesorregiões: Baixo Amazonas, Marajó, Nordeste, Metropolitana de Belém, Sudeste e Sudoeste. Nestas últimas, no entanto, ainda não são conhecidas comunidades quilombolas. Por isso, não falaremos delas.

A escolha das comunidades aqui descritas deu-se em função da disponibilidade de informações. Como ocorre em outras regiões do país, são restritas as fontes de informação sobre os quilombolas. Ressaltamos os esforços do Núcleo de Altos Estudos da Amazônia da Universidade Federal do Pará, que tem já há vários anos se dedicado a estudar as comunidades quilombolas no Pará. Embora o NAEA tenha gerado uma produção científica importante, ainda há muito a ser pesquisado e conhecido sobre as comunidades quilombolas daquele Estado.

Desde 1998, o Pará conta com uma legislação que regulamenta o processo de titulação dessa categoria de terras. Inovadora, essa legislação garante o direito à auto-identificação das comunidades sem a necessidade do laudo antropológico - algo que o governo federal só veio a reconhecer em 2003.

Além de contar um pouco dessa história desde o período da escravidão até as conquistas mais recentes, o site descreve também o modo de vida atual de algumas comunidades. Por meio destes relatos, procuramos tornar mais conhecido o cotidiano, o trabalho, as festas, o lazer e a luta das mulheres e dos homens quilombolas do Pará.


BAIXO AMAZONAS

Na região do Pará conhecida como Baixo Amazonas encontram-se cerca de 60 comunidades remanescentes de quilombos localizadas nos municípios de Oriximiná, Óbidos, Santarém, Alenquer e Monte Alegre.

Comunidades Quilombolas no Baixo Amazonas
Município
Comunidades
Alenquer
Pacoval
Monte Alegre
Peafu, Passagem, Curral Grande, Miri e Flexal
Óbidos
São José, Matar, Nossa Senhora das Graças, Arapucú, Patauá do Umirizal, Muratubinha, Cuecê, Silêncio, Mondongo, Igarapé dos Lopes, Castanhanduba, Apuí e Mocambo
Oriximiná 
Abuí, Paraná do Abuí, Tapagem, Sagrado Coração de Jesus, Mãe Cué, Juquirizinho, Juquiri Grande, Jamari, Palhal, Erepecu, Moura, Boa Vista, Mussurá, Bacabal, Arancuan de Cima, Arancuan do Meio, Arancuan de Baixo, Serrinha, Terra Preta II, Jarauacá, Água Fria, Poço Fundo, Acapu, Varre Vento, Boa Vista do Cuminá, Santa Rita, Jauari, Araça, Espírito Santo, São Joaquim, Pancada e Ariramba
Santarém

Arapemã, Saracura, Bom Jardim, Murumuru, Murumurutuba, Tiningú, Nova Vista do Ituqui, São José e São Raimundo


Os quilombolas dessa região foram pioneiros na luta para fazer valer os direitos assegurados na Constituição de 1988. Foi no Baixo Amazonas que ocorreu a primeira titulação de terra de quilombo no país. No ano de 1995, a comunidade de Boa Vista, localizada no município de Oriximiná, recebeu do INCRA o título de suas terras.

Entre 1995 e 2005, outras 28 comunidades desta região tiveram suas terras tituladas, abarcando aproximadamente 1.161 famílias. A área titulada no Baixo Amazonas soma 386.488,05 hectares, o que representa 43% da dimensão total de terras de quilombo tituladas no Brasil.


Terra Quilombola
Comunidade(s)
Famílias
Área (ha)
Município
Órgão Expedidor
Ano
Boa Vista
Boa Vista
112
1.125,03
Oriximiná
INCRA
1995
Pacoval
Pacoval
115
7.472,88
Alenquer
INCRA
1996
Água Fria
Água Fria
15
557,14
Oriximiná
INCRA
1996
Trombetas
Bacabal, Arancuan de Cima, Arancuan do Meio, Arancuan de Baixo, Serrinha, Terra Preta II e Jarauacá
138
80.887,09
Oriximiná
ITERPA

INCRA
1997

1997
Erepecuru 
Pancada, Araçá, Espírito Santo, Jauari, Boa Vista do Cuminá, Varre Vento, Jarauacá e Acapu
154
218.044,26
Oriximiná
INCRA

ITERPA
1998

2000
Cabeceiras
São José, Silêncio, Matar, Cuecê, Apui e Castanhaduba
445
17.189,69
Óbidos
FCP
2000
Alto Trombetas
Abuí, Paraná do   Abuí, Tapagem, Sagrado Coração e Mãe Cué
182
61.211,96
Oriximiná
INCRA
2003
7 Territórios
28 comunidades
1.161
386.488,05


Essas vitórias são resultado do empenho dos homens e das mulheres quilombolas do Baixo Amazonas, que, para fortalecer a sua luta, se organizaram em diversas associações: a Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná (ARQMO), a Associação Comunitária dos Negros do Quilombo do Pacoval de Alenquer (ACONQUIPAL), a Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Óbidos (ARQMOB), a Comissão de Articulação das Comunidades Quilombos de Santarém e a Comissão de Mulheres Quilombolas do Município de Óbidos.


MARAJÓ

Na região paraense conhecida como Marajó encontram-se diversas comunidades quilombolas. Elas estão distribuídas pelos municípios de Anajás, Bagre, Cachoeira do Arari, Curralinho, Gurupá, Muaná, Ponta de Pedra, Salvaterra e Soure.

Nesta região as únicas comunidades que já têm as terras tituladas são aquelas situadas no município de Gurupá. A titulação ocorreu no ano de 2000. Foram concedidos dois títulos pelo Instituto de Terras do Pará. Um deles (com 83.437,1287 hectares) regularizou o território conhecido como Gurupá, que abriga 300 famílias das comunidades Gurupá Mirin, Jocojó, Flexinha, Carrazedo, Camutá do Ipixuna, Bacá do Ipixuna, Alto Ipixuna e Alto Pucuruí. A outra área titulada foi a da comunidade Maria Ribeira (com 2.031,8727 hectares), onde moram 32 famílias.

Atualmente, estão em curso no INCRA os processos de regularização fundiária de três quilombos desta região: Bacabal, Deus Ajude e Campinas. Outras comunidades (como Paixão, Salvar, Siricari, Mangueiras, Caldeirão, São José, São João, Pau Furado e Barro Alto) já encaminharam aos órgãos governamentais o pedido de titulação de suas terras. Em vários desses territórios existem conflitos envolvendo a disputa pela terra, principalmente naqueles localizados no município de Salvaterra.

METROPOLITANA DE BELÉM

Belém é o centro econômico e político do Pará desde o século XVIII. Em seus arredores existiram inúmeros sítios e fazendas de cana-de-açúcar, algodão, mandioca, tabaco, espalhadas pelos rios Guamá, Acará, Moju, Capim e Bujaru e de onde surgiram inúmeras comunidades quilombolas.

Foi nas proximidades de Belém que se localizou um dos maiores mocambos paraenses: o Caxiú. Na época da Cabanagem, os negros desse quilombo aderiram em massa à revolta, liderados pelo líder negro Félix.

Outro quilombo importante foi o Caraparu, que, no final do século XIX, abrigou principalmente os escravos que fugiram de Belém. Situado às margens do Rio Caraparu, que deságua no Rio Guamá, o quilombo cresceu e tornou-se, após a abolição, um povoamento. Atualmente, é um distrito do município de Santa Isabel do Pará e dele descendem as famílias das atuais comunidades de Macapazinho, Boa Vista do Itá, Conceição do Itá e São Francisco do Itá.

As comunidades quilombolas já reconhecidas na mesorregião metropolitana de Belém localizam-se nos municípios de Ananindeua, Bujaru e Santa Isabel do Pará. Nesta região apenas a comunidade de Abacatal já tem as suas terras tituladas.


NORDESTE

No nordeste do Pará, as comunidades quilombolas conhecidas encontram-se nos municípios de Abaetetuba, Acará, Augusto Correa, Baião, Bonito, Bragança, Cachoeira do Piriá, Cametá, Capitão Poço, Colares, Concórdia do Pará, Igarapé-Miri, Irituia, Mocajuba, Moju, Oeiras do Pará, São Miguel do Guamá, Tracuateua, Viseu.

Nesta região, 41 comunidades já tiveram as suas terras tituladas entre 1998 e 2005. São 17 territórios (num total de 54.874,04 hectares) titulados pelo Instituto de Terras do Pará (ITERPA) e pelo INCRA. Entre estas se incluem as duas únicas áreas tituladas pelo governo Lula: Bela Aurora e Paca e Aningal.


Terra Quilombola
Comunidade(s)
Famílias
Área (ha)
Município
Órgão Expedidor
Ano
Itamoari
Itamoari
33
5.377,60
Cachoeira do Piriá
INCRA
1998
Camiranga
Camiranga
39
320,61
Cachoeira do Piriá
ITERPA
2002
Laranjituba - África 
Laranjituba e África
48
118,04
Moju
ITERPA
2002
Ilhas de Abaetetuba
Alto e Baixo Itacuruça, Campopema, Jenipaúba, Acaraqui, Igarapé São João, Arapapu e Rio Tauaré-Açu
116
11.458,53
Abaetetuba
ITERPA
2002
Bom Remédio 
Bom Remédio
701
588,17
Abaetetuba
ITERPA
2002
Bailique
Bailique Beira, Bailique Centro, Poção e São Bernardo
112
7.297,69
Oeiras do Pará e Baião
ITERPA
2002
Jurussaca
Jurussaca
45
200,99
Traquateua
ITERPA
2002
Santa Rita de Barreiras 
Santa Rita de Barreiras
35
371,30
São Miguel do Guamá
ITERPA
2002
Santa Fé e Santo António
Santa Fé e Santo António
28
830,88
Baião
ITERPA
2002
Igarapé Preto e Baixinha 
Igarapé Preto, Baixinha, Panpelônia, Teófilo, Varzinha, Campelo, Cupu, França, Araquenbaua, Carará, Costeiro e Igarapezinho
565
17.357,00
Baião
ITERPA
2002
Guajará Miri
Filhos de Zumbi
70
1.123,00
Acará
ITERPA
2002
Icatu
Icatu
80
1.636,61
Mocajuba e Baião
ITERPA
2002
Santa Maria do Mirindeua 
Santa Maria do Mirindeua
85
1.763,06
Moju
ITERPA
2003
Santo Cristo 
Santo Cristo
52
1.767,04
Moju
ITERPA
2003

O AÇAÍ, SUA HISTÓRIA E SEU PAPEL NA NUTRIÇÃO


É uma espécie nativa da Amazônia, encontrada em terrenos de várzea, igapós ou terra firme. No Brasil, consome-se o palmito de açaizeiro ou mesmo o fruto, que é utilizado na forma de sucos, vinhos, sorvetes, cremes ou mesmo na forma in natura (Silva e Silva et al, 2007). O açaizeiro pode ser utilizado não só na alimentação, mas também na produção de celulose, fabricação de ração animal, medicina caseira e corante natural. No entanto, o fruto e o palmito (substituto do palmiteiro) são o potencial econômico deste vegetal.

A obtenção da polpa do fruto é feita de forma artesanal e com baixo índice tecnológico. Esmaga-se e filtra-se o fruto, através de peneira fina, utilizando-se água em quantidades variadas, dependendo do produto desejado (Pereira et al, 2002).

Na Amazônia, a forma mais tradicional de consumir o açaí é gelado com farinha de mandioca ou tapioca. Um peixe assado ou camarão podem acompanhar. Mas o suco grosso, na forma de creme acompanhado de frutas como a banana, com granola ou até mesmo batido com iogurte natural, são outras maneiras deliciosas de consumir este alimento.

A produção de Açaí no Amazonas está na ordem de 1.100 toneladas, com valor de aproximadamente R$635mil por ano, segundo dados do IBGE em 2002. Mas o cultivo deste alimento tem saído dos limites da Amazônia, e crescido em outras regiões do Brasil, e o Pará é o principal produtor atualmente.

O açaí é considerado um dos frutos mais nutritivos cultivados na Amazônia. De acordo com Pereira et al (2002) a polpa do açaí é fonte de α-tocoferol (vitamina E), fibras, cálcio, magnésio e potássio. Destaca-se quanto ao teor de lipídios, fornecendo aproximadamente 65% das necessidades de um homem adulto. São ácidos graxos de boa qualidade, 60% monoinsaturados e 13% polinsaturados. Já o fornecimento de proteínas varia entre 25-65%. No entanto, é pobre em açúcares totais.



Informações nutricionais por 100g de polpa de açaí
Calorias
58kcal
Proteínas
0,8g
Lipídios
3,9g
Açúcares totais
6,2g
Fibra
2,6g
Cálcio
35mg
Ferro
0,4g
Potássio
124mg
Fósforo
16mg
Magnésio
17mg
Fonte: TACO, 2011


O açaí é fonte de antocianinas, pigmentos naturais, pertencentes à família dos flavonóides e responsáveis pela coloração do açaí e por seu poder antioxidante.

A pasteurização (procedimento para esterilização por aquecimento e resfriamento rápido do líquido) da polpa de açaí é imprescindível para a segurança do produto, visto que doenças por protozoários podem ser transmitidas devido à falta deste cuidado. A Doença de Chagas é um exemplo. Transmitida pelo inseto barbeiro, o protozoário Trypanossoma cruzi, entra na corrente sangüínea causando infecções e até morte. O barbeiro faz ninho nas folhas do açaizeiro e quando é feita a colheita, o inseto é levado junto com o fruto e triturado na produção da polpa. Estima-se que, a cada ano, 33 mil pessoas sejam infectadas pela doença, principalmente na ingestão de açaí ou caldo de cana. A maior incidência está no norte do país, região onde o consumo de açaí é alto (Jornal UnB, 2005; Jornal UNICAMP, 2005).

Desta forma, a pasteurização do açaí antes da sua venda é necessária, visto que só o congelamento do produto não mata o protozoário. É preferível, portanto, não comprar a polpa de açaí se não souber se esta sofreu a pasteurização.

O açaí é uma gostosa mania nacional de grande importância na economia de nosso país. É altamente nutritivo, porém é calórico (devido ao alto teor de lipídeos), devendo ser consumido em quantidades moderadas.


A Lenda

Segundo a lenda, há muitos e muitos anos vivia uma tribo indígena, onde, hoje, está situada a cidade de Belém. Numa determinada época a escassez de alimentos se tornou um problema para seus habitantes, levando o cacique a decretar a proibição de nascimentos. Por ironia do destino, porém, a filha do cacique , que se chamava Iaça, ficou grávida. O cacique não voltou atrás em sua decisão e mandou matar seu próprio neto. Iaça chorava dia e noite a perda do filho, até que uma noite ouviu o choro do filho vindo da direção de uma árvore que tinha umas frutinhas cor de vinho. No dia seguinte a índia Iaça foi encontrada morta, abraçada ao tronco dessa árvore. O cacique pediu, então, que os cachos da fruta fossem apanhados, tirando daí o vinho para alimentar os índios da tribo.

Às frutinhas ele chamou Açaí, em homenagem à sua filha Iaça (Açaí ao contrário), e acabou revogou o decreto que proibia o nascimento de crianças, pois o açaí bastava para alimentar a todos.



Os Benefícios do Açaí

O Açaí é uma palmeira típica da Região Amazônica. Além de ter um sabor delicioso e refrescante, é rico em lipídios e vitamina E, que ajuda a combater os radicais livres. A alta concentração de fibras melhora as funções intestinais, percebidas em duas semanas de consumo. A presença de vitamina B1 e o teor elevado de pigmentos anticianianos que são antioxidantes, favorece a circulação sanguínea. Mas, seu componente mais importante é o ferro, indicado no tratamento de anemias e fortalecimento muscular.

Por causa de seus valores nutricionais, o açaí vem despertando o interesse de pesquisadores de todo o mundo. Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Pará e coordenada pelo químico belga, Herve Rogez, levantou a tabela nutricional do açaí, permitindo concluir que este é o ingrediente perfeito para um café da manhã reforçado e para praticantes de atividades esportivas, crianças e executivos.

Por ser rico em ferro, fibras, fósforo, minerais, gordura vegetal, cálcio, potássio e vitaminas, a fruta parece ter saído do laboratório dos nutricionistas de encomenda para geração saúde

As qualidades protéicas do Açaí começaram a ser disseminadas por praticantes de Jiu-jitsu, e hoje, a fruta é recomendada para praticamente todos, sobretudo para os idosos e para os que têm problemas digestivos. Quem está de dieta não deve eliminá-lo completamente, pois ele é indispensável no transporte de oxigênio para as células. Segundo Herve Roger "uma tigela da fruta contém o total de fibras diárias necessárias para o homem."

Por suas características microbiológicas o açaí é considerado uma das mais nutritivas frutas da Amazônia, perdendo apenas para a castanha-do-pará. Colhe-se açaí abundantemente durante todo o ano, especialmente no outono. Seu consumo é feito in natura, em sucos, como doces e sorvetes, entre várias outras formas, que são muito apreciadas, sobretudo no Norte e Nordeste do Brasil, regiões de origem da fruta. A colheita de acaí é abundante durante o ano inteiro, especialmente no outono.

Fonte: http://www.rgnutri.com.br/sqv/saude/ahpn.php
http://www.cabanadoacai.com.br/historia/

OS ÍNDIOS DO PARÁ


Na região que abrange a atual Amazônia (que compreende 60% do território brasileiro) antes da chegada dos europeus viviam povos ameríndios que foram denominados de “índios”, termo que tem sua origem com a conquista de Cristóvão Colombo que imaginava ter chegado às Índias, na Ásia, quando “descobriu” o continente que mais tarde veio a se chamar América.

Neste momento, a população indígena não utilizava a escrita. Sua história, mitos e costumes eram transmitidos oralmente. Por esta razão, para o estudo do passado indígena do Brasil, da Amazônia e do Pará chegou até nós através de narrativas ou relatos orais, que foram transmitidos de geração a geração. Outra forma importante, e freqüentemente utilizada, para se estudar e compreender a história dos povos ameríndios que viviam na Amazônia é o estudo dos vestígios materiais que ficaram daqueles índios do passado longínquo. Através de pesquisas destes materiais pode-se comprovar a presença de grupos humanos no passado da região, e, a partir de suas análises, podemos compreender a forma de vida dos mesmos.

Os Tupinambá


Os belicosos Tupinambás. Gravura de Theodore De Bry, Grandes Viagens, 1592.

Antes da chegada dos portugueses ao Estado do Pará, habitavam em nossa região diversos grupos indígenas. Para a área do atual território amazônico, os indígenas estavam agrupados em três grandes troncos: tupi-guarani, aruaque e caribe. Dentre os índios tupi-guarani na região, os mais conhecidos são os Tupinambá.

O primeiro grupo indígena que os portugueses entraram em contato ao chegar ao Pará foram os índios Tupinambá, cujo “morubixaua” (“principal” ou “cacique”) se chamava Guaimiaba, apelidado pelos portugueses de Cabelo-de-Velha.

Os Tupinambá eram extremamente belicosos, isto é, guerreiros. As guerras entre os Tupinambá tinham o objetivo de capturar prisioneiros para a execução e a antropofagia ritual. Os mortos e feridos durante o combate eram devorados no campo de batalha ou durante a retirada; os prisioneiros seguiam com seus algozes, para que as mulheres também os vissem, e pudessem ser mortos. A vingança, assim, era socializada: era necessário que todos se vingassem. A execução ritual, contudo, poderia demorar vários meses.

O objetivo da antropofagia ritual era o desejo de vingar a morte de seus parentes próximos ou os amigos em batalhas. Também há a crença entre os Tupinambás de que comendo o corpo de um guerreiro, adquiririam a sua força e habilidades nas batalhas. Tal ritual chocava profundamente os europeus que o presenciaram; tal choque fora registrado em relatos de viajantes e gravuras da época.

Índios da Bacia Amazônica


A bacia amazônica foi palco das culturas indígenas mais sofisticadas antes da conquista. Verificou-se a presença de sociedades complexas na região amazônica. Começaram a se formar em um grande número de pessoas e a ocupar extensas áreas. A expressão cultural mais importante desses grupos indígenas da Amazônia é a cerâmica desenterrada na Ilha de Marajó na foz do Amazonas e em Santarém, no rio Tapajós, sendo as evidências de sociedades indígenas mais avançadas existentes no Brasil.

A CULTURA INDÍGINA MARAJOARA

As primeiras populações que habitaram a Ilha do Marajó viviam de forma simples, com organização social baseada no trabalho doméstico e familiar. Dedicavam-se à caça, à pesca, à coleta de produtos da floresta e à horticultura. Cerâmica, tecidos e outros objetos eram produzidos para a família e para eventuais trocas com outros grupos.

Os povos que viveram na Ilha do Marajó entre 1.500 anos a.C. até o século XVIII produziam cerâmica em estilos diversos. A cerâmica marajoara demonstrava grande valor como objeto artístico e veículo de comunicação social e cultural. Desenhos geométricos e figuras humanas e de animais podem ser observados na decoração.

A produção da cerâmica se concentrava no trabalho das mulheres das tribos, responsáveis por todo o processo, da escolha da argila à modelagem, da queima das peças à pintura dos objetos.



Igaçaba Marajoara. Museu do Encontro, Forte do Presépio, Belém-PA

Dentre as peças cerâmicas mais famosas estão as igaçabas, urnas destinadas à guarda de ossos dos mortos em cerimônias funerárias. Há ainda as estatuetas, muitas utilizadas pelos pajés em rituais como maracás, e as tangas de cerâmica, usadas por mulheres em cerimônias e ritos de passagem.

A Cultura Indígena Tapajônica


O principal grupo indígena que habitava a região do rio Tapajós, no Estado do Pará, chamava-seTapajó, habitando a região pelo menos desde o século X até o XVII. Sua principal aldeia estava situada na foz do rio Tapajós, local atual do bairro de Aldeia, na cidade de Santarém.

Os relatos históricos informam que os Tapajó estavam organizados em aldeias com 20 a 30 famílias, vivendo juntas em casas coletivas. Os grupos familiares possuíam lideres (chefes), a quem deviam obediência.

A cerâmica indígena tipicamente de Santarém da cultura tapajônica apresentam regularmente a representação de figuras humanas e animais. Os objetos mais significativos da cerâmica de Santarém são os vasos de cariátides, os vasos de gargalo, estatuetas e cachimbos.


Vaso de Cariátide. Museu Paraense Emílio Goeldi. Belém-PA

Os vasos de cariátides apresentam curiosamente pequenas figuras modeladas que sustentam uma vasilha sobre suas cabeças. Esses vasos e os de gargalo apresentam em sua estrutura decorações com figuras humanas ou animais, como urubus, antas, macacos e pequenos batráquios. As estatuetas, em sua maioria, representam formas humanas, sobretudo femininas.


Estatueta de Cerâmica representando uma figura humana. Museu Paraense Emílio Goeldi. Belém-PA

Além de sua sofisticada cerâmica, os índios Tapajó tem como maior expressão de sua criatividade os Muiraquitãs, que são considerados os elementos de cultura material indígena mais sofisticado do Brasil.


Muiraquitã. Museu Paraense Emílio Goeldi. Belém-PA

Os Muiraquitãs, também chamados de “Pedras das Amazonas”, eram adornos produzidos de pedras verdes (jadeíta, amazonita) em forma de batráquio, possivelmente utilizados como protetores contra doenças e mordedura de animais peçonhentos, assim como elemento para o aumento da fertilidade feminina e como figura mitológica astral. Na Amazônia, os muiraquitãs foram encontrados com maior freqüência nos vales dos rios Tapajós, Trombetas e Nhamundá.

Fonte: http://parahistorico.blogspot.com/

NAVEGAPARÁ


É um Programa desenvolvido pelo Governo do Estado do Pará que tem como objetivo promover a Inclusão Social e a democratização do acesso à Internet pelos órgãos de Governo e pela sociedade, possibilitando a implantação do governo digital e a aproximação do cidadão das políticas públicas eletrônicas.

O Programa conta com o Projeto Cidades Digitais que consiste na instalação de redes sem fio banda larga ou pequenas redes de fibra óptica, que baixarão o sinal da rede da Eletronorte. Esta estrutura permite ações como: telemedicina, tele-educação e segurança pública, além da interligação nos municípios atendidos, de todos os órgãos governamentais.

www.navegapara.pa.gov.br

O Estado do Pará

É uma das 27 unidades federativas do Brasil. É o segundo maior estado do país, está dividido em 144 municípios. Fica situado no centro da região norte e tem como limites o Suriname e o Amapá a norte, o oceano Atlântico a nordeste, o Maranhão a leste, Tocantins a sudeste, Mato Grosso a sul, o Amazonas a oeste e Roraima e Guiana a noroeste. O estado é o mais populoso da região norte, contando com uma população de 7.321.493 habitantes.


O Pará é marcado pela diversidade, entre seus cerca de 7,1 milhões de habitantes estão: indígenas, negros, brancos, ribeirinhos e asiáticos. Dividindo-se pelo campo (34%) e cidades (66%). No estado há cerca de 31 etnias indígenas espalhadas em 298 povoações, totalizando mais de 27 mil índios (dados da FUNAI).

A história do Pará foi traçada por imigrantes portugueses, espanhóis, italianos, japoneses, africanos e indígenas.

A economia baseia-se no extrativismo mineral (ferro, bauxita, manganês, calcário, ouro, estanho) e vegetal (madeira), na agricultura, na pecuária, na indústria e no turismo. A mineração é atividade predominando na região sudeste do estado. A atividade pecuária esta presente também na região sudeste; já a agricultura é mais intensa no nordeste. É o maior produtor de pimenta-do-reino do Brasil e está entre os primeiros na produção de coco e banana. A indústria concentra-se na região metropolitana de Belém.

PROJETO AÇAÍVIP

Projeto AçaíVip
Aprovado pela resolução n.º 13980/2013

Objetivo:
Cumprir o art. 62 da Lei n.º 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação - http://www.mec.gov.br/), que estabelece que todos os professores que atuam na Educação Básica devem ter o Nível Superior. Atuaremos na formação dos docentes que atuam na Educação Básica dos 144 municípios do Estado do Pará.

Público-alvo: 
Docentes que atuam no Ensino Fundamental do Estado do Pará que não possuem o nível superior.

Estratégias:
  • Firmaremos parceria com as Secretarias Municipais de Educação para financiar parte da mensalidade. 
  • Para atingir os objetivos propostos toma-se como base os artigos 62 e 80 da LDB (EaD). 
  • Propõe-se um curso virtual interativo, com aulas ministradas através de encontros via skipe e chats. Espaço para discussão através de fórum e um serviço de tutoria on-line para auxiliar o aluno em suas dúvidas e questões individuais. 
  • Será utilizado material de apoio elaborado por especialistas levando em consideração as diversidades culturais do Estado do Pará. 
  • Será realizado parceria com empresas de tecnologias para oferecer aos alunos equipamentos próprios para o desenvolvimento das atividades (notebook). 
  • O projeto só será possível através da utilização do Programa Navega Pará como ferramenta viabilizadora para sua execução.
Vantagens:
  • Você poderá determinar seu horário de estudo. 
  • Você não precisará sair do local em que você mora para estudar. 
  • O currículo do curso é apropriado para cada município.
Resultados Esperados:
Espera-se com o projeto prover uma formação docente de qualidade a qual promova e crie condições de desenvolvimento social, político e econômico do Estado do Pará.

Currículo:


MATRIZ CURRICULAR- PEDAGOGIA


NÚCLEO COMUM DE FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICO
Período
Disciplinas
Carga Horária
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
40
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
40
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
80
METODOLOGIA CIENTÍFICA
40
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL I
40
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
80
PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
40
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
40
Total

400
ANTROPOLOGIA E EDUCAÇÃO
40
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
40
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL II
40
DIDÁTICA NA EDUCAÇÃO
40
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
40
PRÁTICA DE ENSINO I
80
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
80
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
40
Total

400

TECNOLOGIA E INFORMÁTICA PARA EDUCADORES
40
METODOLOGIA DA PESQUISA PEDAGOGIA I
40
MATEMÁTICA: CONTEÚDO / METODOLOGIA
80
PRÁTICA DE ENSINO II
40
CIÊNCIAS DA NATUREZA: CONTEÚDO / METODOLOGIA
40
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS ( OFICINA PEDAGÓGICA)
80
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
40
ARTE E CULTURA NA EDUCAÇÃO
40
Total

400
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
40
METODOLOGIA DA PESQUISA PEDAGÓGICA II
40
AVALIAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR
80
O LÚDICO E O DESENHO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
40
ESCOLA E CURRÍCULO
40
ALFABETIZAÇÃO E MÉTODOS
80
LÍNGUA PORTUGUESA : CONTEÚDO / METODOLOGIA
40
PRÁTICA DE ENSINO III
40
Total

400

 
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
40
IDENTIDADE E AUTONOMIA
40
CIENCIAS SOCIAIS – HISTÓRIA : CONTEÚDO / METODOLOGIA
40
CIENCIAS SOCIAIS – GEOGRAFIA : CONTEÚDO / METODOLOGIA
40
GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ESCOLAR
40
FUNDAMENTOS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
40
PRÁTICA DE ENSINO IV
80
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
160
Total

480
EDUCAÇÃO INDÍGENA
40
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
160
MATEMÁTICA: RACIOCÍNIO LÓGICO NA CRIANÇA
40
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
40
EDUCAÇÃO DE QUILOMBOS
40
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
40
EDUCAÇÃO RIBEIRINHA
40
MONOGRAFIA
80
Total

480